Thursday, December 20, 2007

ho ho ho

Amanhã é o último dia de trabalho antes do hiatus, o período entre o Natal e o Ano-novo no qual não se trabalha (claro que isso não é de grátis e será devidamente descontado das férias de todos).

Como tenho uma programação bem apertada para o meu primeiro hiatus envolvendo uma taka-taka de São Paulo, que já deve estar voando para cá nesse momento, e um ano-novo furando festas em Nova York, eu e José Feliciano já deixamos aqui nossos votos de...

Wednesday, December 19, 2007

Chinelaje sin tamaño

Eu sei que no Brasil a gente costuma achar que tudo que vem do mundo hispânico é cafona, chinelo e soa engraçado pelo simples fato de ser em espanhol. Com o passar do tempo e o contato freqüente com os habitantes desse universo, eu estou confirmando o que o bom-senso já apontava: puro preconceito de nossa parte. Compreensível, na verdade, considerando que a gente cresceu tendo como contato com o mundo latino coisas como a programação do SBT, que convenhamos não é lá um exemplo de bom-gosto ou refinamento em nenhum idioma.

Uma das coisas que mais me reforça a idéia de que isso tudo é puro preconceito é conhecer as coisas que os latinos produzem intencionalmente bregas. Se eles conseguem olhar pra isso e reconhecer a chinelagem e sua beleza inerente é porque não são assim tão diferentes de nós. Aí vão dois dos meus exemplos favoritos no youtube: Paquita la del Barrio, do mundo da música, e Salão Beckys, do mundo da MODA.



Sunday, December 16, 2007

Comes e Bebes

Eu tenho tido muitas experiências gastronômicas diversas por aqui, mas há três recentes em especial que eu preciso citar...

No fim de semana do Art Basel (sobre o qual eu ainda não consegui escrever nada) entre uma galeria e outra fomos almoçar no único restaurante etíope de Miami. Comida apimentada com um tempero bastante único e com a peculiar característica que deve ser comida com a mão. Tudo é servido em forma de pasta ou pedaços de vegetais que têm que ser partidos com os dedos e depois dolocados dentro de um pão fino tipo árabe. Quem me conhece bem sabe que nem frango eu consigo comer com a mão, então foi uma experiência bem diferente e melequenta. Valeu de qualquer forma. A única coisa ruim é não ter tido nenhum de vocês aqui para compartilhar algumas das centenas piadas que passaram pela minha cabeça pelo fato de estar num restaurante etíope (onde teoricamente não há comida).

A segunda experiência a comentar foi ontem à noite. Geralmente esse tipo de bebida vira piada pela baratice da coisa, mas eu preciso confessar que me curvei à Inca Kola, uma Coca peruana e amarela maravilhosa e com uma aparência bem mais natural que a coca tradicional. Descobri num restaurante típico de Key Biscayne e hoje coincidentemente passei num mercadinho peruano, onde agarrei 24 latas...

A teceira foi essa manhã. Fomos a um lugar chamado Tropical Chinese Restaurant, em West Miami, para experimentar o Dim-Sum on carts. O lugar funciona assim: tu te senta à mesa e os chinesinhos ficam passando com carrinhos parecidos com carros de comida de avião e oferecendo o que tem neles. Detalhe é que a maior parte não fala nada de inglês e a comunicação é dificílima. Olhar pra comida também não ajuda nada a saber o que é, até porque a aparência é completamente diferente daquilo que a gente conhece como comida chinesa. O negócio então é olhar pros pratos e imaginar o que se vai gostar mais. Os chineses são autênticos e muito simpáticos, ficam falando e sorrindo o tempo todo sem dar menor importância que não tem como saber o que estão dizendo. O ambiente é um caos com aquele monte de carrinhos escapando vapor da comida passando pra lá e pra cá e gente gritando uma língua completamente diferente. Não é china, mas é certamente o mais perto que já cheguei.

Thursday, December 13, 2007

Aniversário

Parece incrível, mas sexta passada , no meu aniversário, o René conseguiu juntar todas as 10 pessoas que eu conheço num restaurante e eu tive uma festa surpresa. Foi muito muito melhor do que qualquer prognóstico que eu podia ter feito.

Wednesday, December 12, 2007

Minha sobrinha

Mana says:
agora tbm temos 2 coelhos
na verdade já seriam 5 pq as cadelas mataram 3, daí fizemos uma fortaleza p eles.
Eles ficam naquele corredor do lado e deixamos a porta da área dos fundos fechada pq elas roeram a tela qdo mataram
pior q a Mari q achou eles mortos qdo chegamos daí ela falou pro Dé matar as cadelas e comprar outros coelhos
ela ainda não entendia muito o q era morrer, ficava brincando q tinha morrido... agora ela entendeu. no dia ela chorou bastante, mas agora já fala com mais naturalidade e disse q vai ser amiga das cadelas qdo chegar o verão...

Antiterror?

Acabei de ler um artigo sobre a proibição de líquidos em vôos como política antiterrorista. Eu já sabia disso, obviamente, porque já faz algun anos que não se pode levar nenhum pote com mais de 90ml na bagagem de mão. Além de que tudo tem que estar devidamente embalado em um ziplock (você que vai viajar no final do ano e não sabia disso, agora já sabe).

O que eu não conhecia eram as exceções de coisas que, sim, se pode levar.

Agora eu quero que PELAMORDEDEUS alguém me explique por quê KY está entre os produtos liberados para levar no avião junto a órgãos para transplante, remédios e leite materno...

Sunday, December 9, 2007

Selene

Eu sei que faz mto tempo que não escrevo (de novo), mas as coisas estão bem corridas por aqui. Selene e Socorro passaram 10 e 20 dias respectivamente lá em casa, teve Thanksgiving, Black Friday, Orlando, viagens próximas e todas as festas que esses eventos geram. Assim que a Selene voltou ao México, na terça-passada, começou o Art Basel aqui em Miami e, por fim, teve festa de fim de ano da empresa e o meu aniversário na sexta. Agora eu preciso de uns 10 dias de descanso, porque depois disso chega a Mikiê para passar o Natal comigo e, em seguida, vou pra Nova York visitar a Sabrina, ou seja, a vida só volta ao normal daqui a um mês. :-)

A Selene e Socorro chegaram aqui no dia 15 de novembro e, no dia seguinte, partimos pra Orlando. Dessa vez para visitar os Estúdios da Universal e o Islands of Adventure, na minha opinião os dois parques mais divertidos. Foi legal também que dessa vez eu fui pra lá dirigindo pela primeira vez e é bom ver que, mesmo depois de anos sem carro, encarar 4, 5 horas de estrada não é tão duro assim.

De volta a Miami, as chicas aproveitaram a primeira semana em que eu estive trabalhando e passearam sozinhas para fazer a maior parte do itinerário que não me atrai muito: compras. Elas descobriram que saem ônibus grátis para os malls da maioria dos hotéis, assim conseguiram se locomover sem problemas mesmo sem condução própria. Já fica a dica para quem quer fazer turismo solitário aqui e não alugou carro.

Na noite do Thanksgiving tivemos uma ceia supertradicional com a Junia, que entrou totalmente no espírito de confraternização e convidou eu e a Ana - dois brasileiros recém-chegados e sem tradição alguma de Ação de Graças - para jantar na sua casa. Além de nos convidar, se responsabilizou em comprar toda a ceia já que a gente não tinha muita idéia de como funcionava.

Foi um banquete com peru, presunto, stuffing, cranberries, torta de nozes e de abóbora e provavelmente mais alguma coisa que as últimas orgias alimentares já me fizeram esquecer... E foi aí, no meio do jantar, que decidimos meter o pé na jaca e encarar também o Black Fiday.

A BF é como é conhecida a sexta-feira após o Thanksgiving (que sempre cai numa quinta) e tem as maiores promoções e descontos de todo o ano no país. As lojas abrem pelas 5h da manhã e ficam abertas até o meio-dia. Se tu chegar cedo (leia-se entre 3 e 4h da manhã) para esperar na fila, consegue realmente umas coisas absurdas, inclusive algumas de graça, como webcams e auricular bluetooth para celular. O preço é 0 porque muitos eletrônicos aqui funcionam com rebate. Exemplo: se paga 20 dólares na loja, mas se manda um cupom de volta para o fabricante pelo correio e ele te devolve 10, 15 ou até mesmo 20 depois de 30 dias. É um sistema meio inacreditável no início, mas funciona, sério. Meu computador, por exemplo, teve 200 dólares de rebate.

Pois nós já havíamos combinado de ir ao BF porque restava alguns itens eletrônicos para as mexicanas, mas não estávamos muito empolgados com a idéia de acordar às 3h e ficar duas horas na fila. Por sorte, o Cristian (marido da Junia) nos contou que a CompUSA abria as portas às 21h de quinta-feira mesmo e ele já estava indo pra lá. Aproveitamos a empolgação e fomos também. No fim não conseguimos comprar nada em um preço realmente especial porque chegamos pelas 20h, mas valeu só para ver o descontrol da galera. As pessoas se transformam muito nesse tipo de evento.

Depois do Thanksgiving nós também fizemos um monte de passeios curtos para lugares mais próximos. Foi ótimo porque não precisamos de muito dinheiro nem tempo e eu conheci um pouco mais das redondezas de Miami. Fomos a uma cidade chamada Hollywood, que tem uma população mais franco-canadense que latina (ao contrário de Miami), e passeamos pelo Broadwalk, um calçadão com muuuita cara de California. Fomos também ao Miami Art Museum em Downtown onde vimos uma exposição muito legal, e também ao Museu de Ciência onde está rolando uma exposição de dinossauros chineses com 14 fósseis completos e enormes (programa bem julio ). Ainda deu tempo de conhecer os jardins de Vizcaya , cuja história é impressionante, passear por Fort Lauderdale, conhecida como a Veneza americana pelos inúmeros canais que atravessam a cidade, além dos filmes, cevas, margueritas, daikiris, jantas, desfile de moda (cortesia do René), festa de Natal com 200 desconhecidos, etc, etc, etc...

Entendeu por quê eu não escrevi mais?