Tuesday, July 31, 2007

Keybiscaze me

O fim de semana foi ótimo. Conheci a ilha de Key Biscayne, que fica uns 20 minutos aqui de casa. É uma ilhazinha pequena e com uma costa de vegetação bem selvagem, o que lembra um pouco Santa Catarina. Tem um astral bem diferente das badalações de Miami Beach. Pelo aspecto rústico e águas de clareza caribeña é lá que se fazem as fotos da maioria dos catálogos de moda do verão americano.

Cidadão Key-Biscaynse em sua residência. Vida selvagem em alta densidade


A ilha é uma cidade e deve ter não mais de 30 mil habitantes. Tem uma rua principal onde ficam os dois únicos postos de gasolina. À esquerda dessa rua estão os prédios residenciais e o hotel da cidade (havia dois, mas um fechou), à direita as casas e mansões. Sim, mansões. Com direito a casas de celebridades, me disseram, e a antiga casa de Richard Nixon.

E sábado, no meio do passeio, pude assistir a um casamento judeu à beira-mar, exatamente igual aos da tv. Tão igual que fiquei esperando alguém gritar para parar a cerimônia, mas isso não aconteceu.

De brinde levei um pote de cookies que ajudei a fazer (ok, assisti fazer) para comer feito um porco durante a semana.

Tuesday, July 24, 2007

Roommate

A idéia era morar sozinho, mas parece que eu já ganhei um colega de quarto nesse fim de semana. Cada dia que eu entro no apartamento ele está passeando num lugar diferente, o que já incluiu os meus sapatos.

Colega de quarto atento às ofertas do Shopwise

Sunday, July 22, 2007

E quem achou que isso não acontecia por aqui...

- Tem certeza que não quer deixar a bicicleta aqui dentro?
- Nem, comprei um cadeado bluetooth com segredo por biometria, alarme de segurança e que toca até MP3...

Wednesday, July 18, 2007

Tu conhecia alguém da lista?

Essa foi a pergunta do dia hoje depois da liberação da lista de passageiros do vôo da TAM 3054 Porto Alegre - Congonhas que culminou num trágico acidente. É impressionante como todo mundo com quem eu falava conhecia alguém ou estava, no máximo, a dois graus de separação de uma das vítimas. Pelo fato do vôo vir de Porto Alegre, a proximidade era inevitável. Eu mesmo tinha um conhecido no vôo, mas tem pessoas que conheciam dois ou três dos passageiros. Não lembro de qualquer outra tragédia que tenha tido um ar tão pessoal quanto essa e, por isso, acho que todos ainda estão muito chocados.

E não param de aparecer histórias de pessoas que desistiram do vôo pouco antes ou de pessoas que não iam pegá-lo, mas acabaram resolvendo embarcar antes do previsto. A estudante que resolveu ir ver a família só no verão, o informata que estava a trabalho e pegou o vôo porque acabou sua tarefa em POA antes do previsto, o cara que teve um bad feeling e ficou, ...

Eu fico pensando o quanto uma decisão simples pode afetar todo o restante da tua vida e das pessoas que interagem contigo. E não há a menor possibilidade de saber no que vai dar. Quantas minidecisões que tu tomou já evitaram uma fatalidade? Talvez isso nunca tenha acontecido, mas talvez isso seja mais freqüente do que tu imagina. Ficar 5 minutos a mais no trabalho hoje vai ser bom, ruim ou tanto faz? O fato é que a gente nunca vai saber, o que é ainda mais perturbador do que a idéia de que as conseqüências disso podem ser imensas.

Friday, July 13, 2007

vô não vô de comidas bizarras

Hmmm... Picolé de cachorro-quente com mel!

Thursday, July 12, 2007

Bingo!

Em algum momento essa semana eu tive a brilhante idéia de ligar para o agente imobiliário para ele contatar a proprietária e ver se ela resolve a questão da persiana ou me indica alguém. Ele acabou me dando o número e hoje, depois de alguns telefonemas, ela e o marido passaram aqui pra dar uma olhada. Amanhã o marido deve retornar com o handyman dele para fazerem o trabalho (fundo musical: coro de anjos). Além disso, eu fiquei sabendo que há, sim, uma saída de telefone no apartamento. Ela não está aparente, mas o cabeamento existe, então com alguma sorte até o fim da semana que vem eu terei Internet em casa.

Mas o melhor da visita nem foi isso. Foi legal poder conhecê-los, conversar um pouco e ter a impressão de que são ótimas pessoas. Ela (Anna) também pareceu bastante satisfeita de ver que o apartamento está limpo e em ordem.

É difícil chegar num lugar onde não se sabe como as coisas mais básicas funcionam, nem quem chamar pra resolver o mais simples dos problemas, o que acaba gerando uma insegurança enorme pra fazer qualquer coisa. Acho que por isso especialmente foi tão bom sentir confiança e ver a boa-vontade deles.

Wednesday, July 11, 2007

Repouso

Depois de um mês e meio, eu finalmente tenho uma cama pra dormir.

Tuesday, July 10, 2007

Extreme MADJ & pain relief

Depois de pagar 50 dólares de estacionamento no fim de semana, mais 50 dólares pela chave-de-fenda elétrica, não conseguir prender a persiana, ser rejeitado pelo handyman, cancelar o pedido de Internet porque o apartamento não tem saída de telefone - ainda que não tenha conseguido cancelar o pedido do modem porque ele já foi enviado e eu vou ter que pagar, ter comprado um telefone que não vou poder usar, ser multado no estacionamento do trabalho porque há uma área onde não pode parar o carro e eu não fui avisado, descobrir que não tenho gás, ver que o recém-chegado DVD do Brian Eno não roda no meu computador e ter chamado um guincho porque achei que o carro estragou, eu decidi que precisava de um agradinho. Fui na loja da Apple e me comprei um iPod de presente.

Eu sei que parece estupidez eu lidar com meus infortúnios financeiros agravando a situação, mas dentro da filosofia já-que-eu-tô-no-inferno-vou-dar-um-abraço-no-diabo, ter música portátil pelo menos acalmou os meus nervos.

Na loja da Apple passei por uma situação cômica. Cheguei e fui falar com um dos "Apple genius", os atendentes que sacam tudo dos produtos e ficam lá ensinando as pessoas a mexer e sanando eventuais problemas técnicos. "Here is the deal", disse eu, "quero comprar um iPod, mas estou sem Internet. Vocês queimam um CD com o iTunes pra mim? Senão eu não levo". "Claro! Vou baixá-lo do site da Apple e coloco num CD para ti", foi a óbvia resposta. Acontece que o processo acabou envolvendo 3 genius e várias máquinas. Nenhum deles conseguia queimar o CD porque os computadores NÃO FUNCIONAVAM. Um não acessava o site, outro estava com o drive de CD trancado, outro só reconhecia DVD, outro não queimava a mídia e assim por diante. No fim, os genius precisaram de 50 minutos e uma operação de guerra para conseguir a façanha. Confesso que saí de lá rindo sozinho e pensando "Eu não tenho um Mac, e daí?"

Ah e nesses 50 minutos eu consegui ficar brincando com o iPhone. O bichinho é do caralho mesmo... Já quase acho que vale o preço.

Monday, July 9, 2007

No Parking anytime & Autobots

Tem uma coisa muito bizarra aqui na região onde estou vivendo que é a inexistência total de opção para estacionar. Toda a área perto do apartamento é reservada só para moradores e é obrigatório usar um adesivo no carro comprado no Departamento Municipal de Estacionamento (sério, existe esse lugar) que comprova que tu é morador. Tirando essas vagas, tem algumas com parquímetro nas ruas principais, mas ainda que se consiga espaço (o que é dificílimo) não se pode ficar lá por mais de 4 horas. Como eu não consegui ir pedir meu adesivo durante a semana, a terceira e única opção acabou sendo usar uma garagem. Por deixar o carro de sexta à noite até segunda de manhã acabei gastando a bagatela de 50 dólares. Não preciso dizer que segunda às 8h30 da manhã eu já estava com minha permissão de estacionamento de morador na mão, né?

No final do dia saí do trabalho e fui pela primeira vez curtir o sol e caminhar num parque/calçadão aqui pertinho, afinal foi pra isso que eu vim pra cá. Aproveitei e passeei por uma das ruas principais, onde acabei achando um cinema. Transformers certo no final de semana.

Sunday, July 8, 2007

French doors, MADJ & feels like home

Este foi meu primeiro fim de semana no apartamento.

No sábado eu passei praticamente a tarde toda a caminho/dentro da Home Depot. Dei azar e peguei uma estrada em obras, o que me fez ficar um bom tempo parado no meio de algum lugar onde eu dificilmente saberei chegar de novo. Mas deu tudo certo, e comprei mais alguns itens básicos pro apartamento:

uma escada: dessas pequenas de três degraus. Preciso dela pra conseguir alcançar em alguns armários da cozinha (apesar de não ter nada pra guardar neles), pra tirar o plástico do maldito detector de fumaça (fumar em casa nunca mais) e instalar uma persiana na porta (já explico);

uma lanterna: porque aqui quando tem furacões é comum que falte luz. Comprei uma lanterna chinela porque estou gastando que nem um louco, mas em breve vou investir em algo mais potente. É possivel que se chegue a ficar alguns dias sem luz e uma lanterninha chinela vai ajudar mais pra procurar alguma coisa do que pra iluminar a casa;

uma furadeira: porque eu preciso instalar uma persiana na porta (calma);

uma persiana para a porta.

O apartamento tem o que chamam aqui de french door, que - deixando a pompa de lado - é uma porta com retângulos de vidro. Mas a maldição do Julio (doravante MADJ) se fez presente quando eu cheguei em casa e toquei na porta. Claro que ela não é de madeira como eu pensava, mas de algo que fica entre o plástico e alumínio, talvez uma cobertura de um e recheio de outro (a Jhuly saberia dizer exatamente do que se trata). Tentei colocar meus talentos de handyman em prática, mas depois de ver que definitivamente não ia rolar, guardei a furadeira no estojo e focalizei 50 dólares imaginários voando pela janela. Tudo bem, ela vem com um jogo completo de ponteiras para aparafusar, então eu posso pensar que paguei 50 dólares por uma chave-de-fenda elétrica. Decidi então ligar para um profissional, mas o cara não quis vir porque era muito longe. Isso tudo quer dizer que enquanto digito esse post eu sigo vendo as pessoas passando pelo corredor à minha frente e eventualmente olhando pra dentro do apê. E eu não posso nem cobrar entrada...

Enfim... fechei o sábado com uma banda de reconhecimento pela região e fiquei bem feliz em descobrir que há lavanderia, restaurantes, barzinhos, farmácia (no sentido americano) e tudo mais que eu preciso por perto, incluindo uma CVS Pharmacy 24h. All walking distance.
No domingo eu não fiz praticamente nada. Definitivamente foi o momento da virada, depois de um mês e meio aqui eu finalmente estava em casa. Dormi e acordei sem parar o dia todo, e eu tava precisando.

Thursday, July 5, 2007

Do valor das coisas

Com o dinheiro gasto em um mês de aluguel pode-se comprar:

- um notebook bala, ou
- duas televisões de LCD, ou
- 33 racks para as duas televisões acima, ou
- 73 jogos de lençol de casal, ou
- 962 cuecas, para nunca mais ter que lavar nenhuma.

Wednesday, July 4, 2007

4th de julho

Além de aniversário do Tom Cruise, hoje foi meu dia da independência particular. Comprei cama, pratos, copos, talheres, pão, FRIOS, detergente, perfex,... o básico.

Amanhã é dia de migração. Monitorem os logs.

Tuesday, July 3, 2007

Alugado


E se tudo der certo, quinta-feira eu me mudo.

Thunderstorm

Se tem uma pessoa que gosta de um barulhinho de chuva pra dormir sou eu. Se tiver raio e trovão então, melhor ainda. Sou, inclusive, uma daquelas pessoas doentes que tem um mp3 da Sounds of Nature só com barulho de tempestade e, sim, já dormi com ele tocando em looping muitas vezes.

Apesar disso eu nunca tinha passado por uma thunderstorm como as que rolam por aqui. Os primeiros cinco minutos são divertidos, mas quando o céu não pára de piscar por mais tempo que isso e um trovão engata no outro começa aquela sensação de que alguma coisa está errada.
Já tinha passado por algumas desde que cheguei, mas hoje eu tive the ultimate experience: peguei uma thunderstorm na estrada. A água subindo na highway e os carros a 30 milhas por hora. Raio pra cá, raio pra lá e a certeza de que o próximo iria cair, com sorte, no carro ao lado. Assustador para qualquer gaúcho desavisado dirigindo sobre uma ponte. Mas exagero, claro, já que estou aqui vivo e seco.

Fui muito inocente ao não me dar conta antes que um lugar com uma estação de furacões que dura seis meses por ano obviamente não teria o clima mais tranqüilo do mundo.